Cannabis & Esporte

Cannabis & Esporte

A cannabis dentro do esporte e seus apoiadores
O mundo dos atletas exige uma demanda muito grande no porte físico, logo o estresse muscular  ocasiona dores intensas e limitações na movimentação, assim como ansiedade engatilhada  pela pressão das competições, onde consequentemente reflete na  perturbação do sono.

Grande parte dos atletas não são adeptos ao analgésicos tradicionais, logo, há uma preferência pelos medicamentos naturais, outros já tiveram experiências com diversos analgésicos mas não obtiveram respostas favoráveis e além dos efeitos colaterais que o mesmo provoca. Em diversos relatos, observa-se que o CBD melhorou o sono, melhorou a recuperação física e deu mais resultado no alívio das dores, assim como uma melhora no sistema fisiológico; comumente conhecido entre os atletas e não atletas, o CBD tem sido uma das opções de tratamento. Dentro do mundo dos esportes podemos acompanhar algumas estrelas que fazem consumo do CBD e os motivos pela preferência: 

  •  Bob Burnquist, skate - Bob relata que devido as fraturas ocasionadas pelas competições e as dores massantes, optar pelo CBD foi o caminho que trouxe alívio das dores, conforto fisiológico e segurança na recuperação, sem efeitos colaterais, antes de aderir o CBD Bob relatou havia quebrado boa parte dos ossos do corpo e sua recuperação foi extremamente dolorosa.

  • Daniel Chaves, maratona - Iniciou o uso do CBD para tratar síndrome bipolar depressiva, Daniel assume que ao conhecer o medicamento iniciou o tratamento de forma errônea, mas logo que foi orientado pelo profissional, relatou que o CBD se tornou fundamental para manter o foco, clareza mental, equilíbrio, além de trazer uma recuperação física mais segura e eficaz.

  • Livinha Souza, UFC - Livinha assume que tem hiperatividade e através do CBD foi possível notar resultados positivos, tanto na atenção e na concentração, quanto na recuperação física e no alívio das dores provocadas pelo movimento repetitivo do MMA, relata também que sentiu alívio na ansiedade e melhora no sono.

  • Bruno Soares, tênis - Influenciado por Bob Burnquist e interessado no efeito terapêutico do CBD a muitos anos, Bruno teve respostas positivas nas inflamações causadas pelo processo repetitivo e mecânico, assim como respostas positivas no controle de ansiedade para lidar com a pressão das competições e ajuste do sono. Bruno alega fazer uso desde 2017 e assume que continua jogando em alto nível.

  • Duda Oliveira, vôlei -  Duda é uma atleta paralímpico e assim como para outros atletas, Duda também sente a sobrecarga das competições, sendo assim, optou pelo CBD como tratamento para o alívio das dores, onde o resultado foi a ausência de dor e o controle da ansiedade.

  • Mike Tyson, boxe - O mesmo relata o boxeador Mike, que sentiu melhora no humor no desenvolvimento psicológico e consequentemente melhora nos treinos. Relatou também que observou um aumento do foco e do sistema fisiológico e na recuperação após as lutas. O lutador confidencia que gostaria de ter feito o uso do CBD na época de boxe profissional.

  • Susana Schnarndorf, triatlo - Susana iniciou o uso do CBD após ser diagnosticada com a síndrome de Shy-Drager, conhecida como hipotensão ortostática neurológica. O que fez ela mudar do triathlon para a natação paralímpica. Susana relatou que sua qualidade de vida melhorou significativamente quando pôde fazer a substituição dos ansiolíticos pelo CBD, possibilitando a uma vida social mais adequada, Susana relata que já passou dias presa dentro de casa pois não tinha vontade de interagir.

     
  • Benefícios do CBD no organismo
    Atletas e ex-atletas continuam buscando terapias seguras e eficazes para cada problema médico, especialmente dores agudas e crônicas. Com isso, o fitocanabinoide se tornou uma opção favorável e segura como um não opióide e anti-inflamatório não esteroidal para tratar dor e inflamação, assim como a capacidade de promover o equilíbrio homeostático. Visto que o sistema endocanabinóide tem uma das funções de regulação. Segue a lista de benefícios que o CBD proporciona:

  • Dor e lesão:
    O exercício quando exaustivo não familiar e/ou envolvendo um componente atípico, pode causar danos ultra-estruturais nas miofibrilas do músculo esquelético e na matriz extracelular,  chamado de Dano Muscular induzido pelo Exercício (DMIE). Logo o comprometimento da função muscular provocada pelo atrito mecânico, inicia uma resposta inflamatória, que embora seja parte integrante da reparação, regeneração e adaptação,  pode contribuir para uma dor muscular prolongada e uma recuperação funcional retardada. 
  • O CBD modula os processos inflamatórios atenuando o acúmulo de células imunológicas, estimulando a produção de citocinas anti-inflamatórias e inibindo a produção de citocinas pró-inflamatórias, favorecendo a recuperação dos tecidos prejudicados e promovendo a homeostase do corpo. Foi observado efeitos analgésicos significativos do CBD, sendo administrado inicialmente em baixas doses para melhores resultados e com o tempo pode ser necessário elevar a dose.

    Especificamente, a ingestão de CBD foi associada à diminuição dos níveis do marcador inflamatório IL-6, que pode estar relacionado à recuperação muscular.

    Uma pesquisa com 185 pacientes que relataram dor crônica e fazia o uso de opioides notaram uma  redução de 64% no uso destes opioides, assim como uma melhora de 45% na qualidade de vida e redução dos efeitos colaterais dos opioides.

  • Ansiedade:
    Níveis elevados de stress pré-competição ou ansiedade esportiva, podem ser os motivos que levam a prejudicar o desempenho do atleta. Ensaios clínicos investigaram o efeito do CBD na ansiedade subjetiva em indivíduos saudáveis e em indivíduos com perturbação de ansiedade social, tanto em condições normais como em condições "indutoras de stress", os resultados sugerem que o CBD tem pouca influência na ansiedade em condições de "baixo stress", no entanto, os estudos demonstraram efeitos ansiolíticos do CBD em condições de "indução de stress", tanto em participantes saudáveis quanto em pessoas com Distúrbio de Humor (SAD), logo, doses moderadas de CBD podem ser ansiolíticas em situações de stress.
     
  • Sono:
    É cada vez mais reconhecida a importância de um sono adequado para facilitar um desempenho atlético com qualidade e uma boa recuperação. No entanto, dormir com qualidade tem sido menos frequente para aqueles que praticam esportes de forma amadora. Os fatores que contribuem estão voltadas para as competições noturnas e sessões de treino intensos, assim como a ansiedade da pré-competição e o alto consumo de cafeína. 
  • Vários estudos investigaram o efeito do CBD no sono dos humanos e observou-se uma redução dos sintomas da perturbação do comportamento do sono como movimentos rápidos do
    s olhos em indivíduos com doença de Parkinson e Shannon, assim como melhorou a qualidade subjectiva do sono numa jovem com perturbação de stress pós-traumático (PTSD).

    A suplementação de CBD aumentou significativamente a duração do sono em indivíduos que relataram dificuldades quanto à qualidade do sono, a maioria dos benefícios são ocasionados pelo efeito ansiolítico do CBD. 

  • Doenças gastrointestinais:
    Exercício de alta intensidade prolongado por mais de 40 minutos, pode ocasionar uma "Isquemia Gastrointestinal", bem como a inflamação e o estresse oxidativo que acompanham a restauração do fluxo sanguíneo, podem comprometer a integridade epitelial gástrico, sendo assim, os efeitos podem influenciar negativamente o desempenho e o pós-exercício devido ao desconforto GI (por exemplo, náuseas, vómitos, angina abdominal, diarreia sanguinolenta e à diminuição da absorção de nutrientes).
  • O CBD demonstrou  efeitos que podem ser relevantes para a gestão de danos GI induzidos pelo exercício. Estudos pré-clínicos demonstraram que o CBD pode abrandar os danos nos tecidos reduzindo a necrose, concentrações sanguíneas de marcadores de dano tecidual e inflamação, induzidos por lesão de reperfusão aguda, seus benefícios têm sido atribuídos aos seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.

      


    WADA e o doping

    A Agência Mundial Antidoping (WADA) esclarece que o Canabidiol (Absoluto) é uma exceção. “Embora o canabidiol não seja proibido, os atletas devem ser extremamente cautelosos, é quase impossível obter um extrato ou óleo puro de CBD da planta de cannabis. Qualquer pessoa que compre um óleo, extrato ou outro produto de CBD deve assumir que é uma mistura de CBD e outros canabinóides proibidos.”  A Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) faz eco deste aviso, afirmando que “o uso de qualquer produto de CBD é por conta e risco do atleta”. Logo são proibidos em competição substâncias de Abuso: 

    • Tetraidrocanabinol (THC), assim como Tetraidrocanabinol naturais ou sintéticos.
    • Cannabis in natura (flores e extrações) e produtos da cannabis (gomas, cosméticos e outros). 
    • Canabinoides sintéticos que mimetizam o efeito do THC.

    Logo, para que seja feita uma dosagem correta do medicamento é necessário que tenha um acompanhamento médico adequado, importante lembrar que seja solicitado o CBD sem a presença de THC, mesmo que em pequena quantidades é possível que a substância se faça presente no exame de doping The Prohibited List
     

    Efeitos colaterais de curto prazo
    A Food and Drug Administration (FDA) deixa claro que o CBD, como qualquer substância, tem o potencial baixo de causar danos no fígado, assim como a  interações com outros medicamentos, podendo haver um aumento da sedação ou sonolência quando combinados com outros depressores do sistema nervoso, como o álcool e medicamentos.

     O CBD (canabidiol) pode incluir sonolência e irritabilidade/agitação, todos os quais podem ser melhorados com a interrupção do CBD ou diminuição da dose.

    O THC (Delta9-tetrahidrocanabinol) causa mais comumente euforia, sonolência, tontura, boca seca, tosse (com inalação), alteração dos efeitos cognitivos e visão turva. Esses efeitos colaterais altamente variáveis e dependentes da dose podem ser amenizados através de uma extração lenta de THC e CBD.
     

     
    CBD no Esporte

    Atletas e ex-atletas estão em constante busca de terapias seguras e eficazes, com a finalidade de resolver  problemas médicos como dores agudas, noites de insônia e em alguns caso, auxiliar no controle emocional com o intuito de reduzir o estresse e a ansiedade provocada pela pressão da competição, entretanto, seu uso deve ter acompanhamento médico para definir a melhor via de administração do medicamento, assim como as dosagens adequadas que variam de acordo com a necessidade de cada paciente. 

    Houveram relatos de atletas que tiveram uma melhora significativa na qualidade do sono junto da recuperação no desempenho esportivo.  Os motivos dessa resposta se dá pelos receptores CB1 e CB2, pois são expressos na cartilagem, osso e tecido sinovial, os canabinóides vão modulando a inflamação e amenizando o dano articular, ocasionando o efeito condroprotetor nas articulações.

    Pesquisas envolvendo terapias canabinóides em atletas são escassas, porém, o canabidiol possui aplicações com grande potencial no esporte, considerando possíveis efeitos positivos na inflamação,  dor, neuroproteção nos esportes de contato como em esportes mais agressivos, também foi visualizado uma melhora no sono e na ansiedade, o CBD terapêutico reduz os níveis do marcador inflamatório IL-6, que pode estar relacionado à recuperação muscular.  

    THC no Esporte
    Deve-se entender e aceitar que os efeitos fisiológicos da cannabis não podem ser atribuídos apenas ao THC, em algumas pesquisas realizadas, foram identificadas alterações cardiovasculares, sendo visto como possíveis causadores dos efeitos colaterais no desempenho do atleta, assim como possíveis efeitos provocados por interações medicamentosas, logo, é possível que haja alguma influência de forma direta ou indireta nas diferentes modalidades de exercício e na demanda energética individual de cada atleta.

    Efeitos colaterais fisiológicos devem ser rigorosamente monitorados antes, durante e após o exercício. O THC pode ser armazenado no tecido adiposo, sendo assim, os exercícios induzem a lipólise (quebra das moléculas de ácidos graxos), consequentemente os metabólitos do sangue e da urina absorve o que foi quebrado da gordura com THC dando origem a novos picos no organismo. 

    Em uma pesquisa com o THC, os participantes saudáveis não apresentaram fadiga na força manual, entretanto, foi observado que o submáximo no equipamento cicloergômetro demonstrou uma diminuição na resistência e o aumento na frequência cardíaca dentro do grupo da cannabis. Outro estudo realizado com dose única de THC, administrada por via inalatória, ocasionou um aumento da frequência cardíaca e na pressão sanguínea. Para uma investigação mais adequada o laboratório envolvido recrutou 12 pacientes, dentre eles apenas dois não completaram o protocolo, os mesmos foram observados e logo os pesquisadores concluíram que a interferência foi ocasionada pelas altas doses administradas, trazendo à tona os efeitos de tonturas, ansiedade e náuseas.  

    Todo atleta pode usar?
    Quando se trata de atleta devemos levar em conta a modalidade que será praticada. O CBD é popular pelo seu potencial terapêutico em cima do alívio das dores e das inflamações, assim como ocasiona uma melhora no sono e na ansiedade; porém, o CBD pode interferir no desempenho de algumas modalidades, assim como pode não ser aceito em determinadas associações atléticas, um exemplo disso é a Associação Nacional de Basquete que declara proibição sob a linguagem “maconha e subprodutos relacionados” e a National Collegiate Athletic Association (NCAA) declara “qualquer substância quimicamente relacionada a uma das classes, mesmo que não esteja listada como exemplo, também está banido!”.  O THC está na lista de banidos da NCAA assim como na lista da  Agência Mundial Antidoping (WADA) e da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), entretanto, removeram o CBD da lista proibida em 2018. Enfatizamos que os demais canabinóides permanecem proibidos em competições.

    Logo, o atleta de final de semana, amador ou profissional PODE FAZER O CONSUMO de produtos de cannabis, entretanto, ele deve procurar um profissional da saúde para melhores orientações. Entre em contato com a nossa equipe pelo acolhimento que te guiaremos com profissionais da saúde especializados em cannabis para o esporte. Este é um dos focos do nosso trabalho e nossos atletas têm alcançado marcas surpreendentes.  

    Consulte o site The Prohibited List em caso de dúvidas sobre quais substâncias são proibidas no esporte profissional. Jogue limpo sempre! Esse é o espírito esportivo.

     
    Como posso iniciar o uso da Cannabis Medicinal?

    Somente podem prescrever produtos controlados de uso humano, incluindo produtos derivados de Cannabis, os profissionais devidamente inscritos no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou no Conselho Regional de Odontologia (CRO). É de grande valia que o paciente seja examinado por um profissional legalmente habilitado que possa prescrever o uso de derivados da Cannabis, com base no quadro clínico e exames solicitados.

    Estamos aqui para orientar e ajudar você com um tratamento personalizado. Oferecemos produtos seguros e eficazes, importados de fontes confiáveis e legais que melhoram sua saúde e qualidade de vida. Agende sua consulta através do nosso atendimento pelo WhatsApp.



    Referências:

    1 - https://www.gov.br/abcd/pt-br/composicao/atletas/autorizacao-de-uso-terapeutico-aut/copy_of_autorizacao-de-uso-terapeutico

    2 - https://www.cob.org.br/pt/cob/antidoping#codigo-mundial-antidoping

    3 - https://www.wada-ama.org/en/prohibited-list 

    4 - KENNEDY, M. Cannabis, cannabidiol and tetrahydrocannabinol in sport: an overview. Internal Medicine Journal ed. [s.l: s.n.] 2022.

    5 - MCCARTNEY, D. et al. Cannabidiol and Sports Performance: a Narrative Review of Relevant Evidence and Recommendations for Future Research.

    6 - E. MAURER, G. Entendendo a base de cannabis Terapêutica em Medicina Desportiva.

    7 - F. BURR, J. Cannabis e desempenho atlético.



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