Cannabis para redução da dor crônica

Cannabis para redução da dor crônica

A dor crônica é uma condição que se caracteriza por uma dor persistente que dura por um período de tempo prolongado, geralmente dura mais de doze semanas, mesmo após a cura da lesão ou doença inicial que causou a dor. Diferentemente da dor aguda, que é uma resposta natural do corpo a uma lesão e tem um papel de alerta.

A crescente busca por tratamentos alternativos para a dor crônica tem levado muitos pacientes a considerarem o uso medicinal da Cannabis. Essa tendência é apoiada por evidências emergentes, como destacado no relatório "The Health Effects of Cannabis and Cannabinoids: The Current State of Evidence and Recommendations for Research", que identifica a Cannabis como uma das condições mais comuns citadas pelos pacientes para seu uso medicinal.

Enquanto as abordagens tradicionais para o manejo da dor crônica, incluindo medicamentos; técnicas de relaxamento e intervenções psicológicas, continuam a ser vitais, o potencial terapêutico da Cannabis oferece uma nova esperança para muitos que sofrem com condições debilitantes como fibromialgia, artrite, dor neuropática e enxaqueca.

Closeup tiro de uma planta de maconha

Uso da Cannabis no manejo das dores crônicas

Os canabinóides, incluindo o THC (Tetrahidrocanabinol) e o CBD (Canabidiol), atuam no sistema nervoso de maneira a bloquear ou inibir a transmissão de impulsos nociceptivos (responsáveis pela sensação de dor) em vários níveis. Isso é possível através da ativação dos receptores CB1 localizados no cérebro, na medula espinhal e em neurônios sensoriais periféricos, mostrando um caminho promissor para o manejo da dor em diversas condições.

Adicionalmente, o CBD exerce um papel significativo na modulação da produção de neurotransmissores essenciais, como a serotonina e a dopamina, fundamentais na regulação do humor e na percepção da dor. Esta ação pode contribuir para uma melhoria notável no estado emocional dos indivíduos, ao mesmo tempo que diminui a sensação de dor.

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Além disso, esses dois canabinóides são conhecidos por suas propriedades antieméticas (que previnem vômitos e náuseas), analgésicas (que aliviam a dor) e estimulantes do apetite. Nesse sentido, a combinação desses dois têm mostrado um maior potencial antinociceptivo (capacidade de bloquear a percepção da dor) do que o uso de cada um isoladamente.

Um estudo, conduzido por Boehnke et al. em 2016, explorou as experiências de pacientes de um dispensário de maconha medicinal em Michigan, trazendo à tona dados relevantes sobre o impacto do uso de cannabis medicinal em indivíduos que sofrem de dor. Os resultados revelaram que pacientes experimentaram uma notável redução de 64% no uso de opióides.

Pesquisas recentes têm destacado o notável potencial terapêutico dos canabinoides, evidenciando sua eficácia como uma alternativa promissora no tratamento da dor crônica. Os benefícios observados incluem a diminuição significativa no consumo de analgésicos, aprimoramento na qualidade de vida dos pacientes, e a redução de efeitos colaterais adversos. Esses achados indicam uma transformação fundamental na abordagem da dor crônica.
Vista traseira de um homem se alongando enquanto trabalhava em casa

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Atendimento Pixua

Autora: MORAIS, Geovana. 2024 
REF:
NATIONAL ACADEMIES OF SCIENCES et al. The health effects of cannabis and cannabinoids: the current state of evidence and recommendations for research. 2017.

PRIEST TD, HOGGART B. Chronic pain: mechanisms and treatment. Curr Opin Pharmacol. 2002 Jun;2(3):310-5. doi: 10.1016/s1471-4892(02)00164-9. PMID: 12020476.
RODRIGUES, Fabiana Passos. Uso de canabinóides para o manejo da dor crônica. Revista Científica UMC, v. 4, n. 3, 2019.
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