Segundo o "Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Glaucoma" de 2022 da Conitec, mais de 67 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por essa condição, das quais 10% sofrem de cegueira. O glaucoma ocupa o segundo lugar como causa de cegueira, logo após a catarata, e é a principal responsável pela cegueira irreversível.
Vários fatores de risco contribuem para o desenvolvimento do glaucoma, incluindo aumento da Pressão Intraocular (PIO), idade acima de 40 anos, aumento da escavação do nervo óptico, etnia, histórico familiar da doença, ametropia (distúrbio visual causado pela irregularidade da curvatura da córnea), diminuição da pressão de perfusão ocular, diabetes mellitus tipo 2, predisposição genética, e outros fatores específicos.
Imagem Avanço da Doença: Instituto de oftalmologia de assis
O que é o Glaucoma?
O glaucoma é uma neuropatia óptica que se manifesta principalmente através de alterações no campo visual e é caracterizada pelo aumento da pressão intraocular (PIO) como seu principal fator de risco. Seu desfecho primário é a cegueira irreversível.
Imagem Nervo Óptico: Instituto de oftalmologia de assis
O foco primordial da terapia para o glaucoma é a diminuição da pressão intraocular (PIO), pois pesquisas, como o Early Manifest Glaucoma Trial (EMGT), evidenciaram que a redução da PIO pode atrasar a progressão da condição. O tratamento farmacológico convencional concentra-se nesse objetivo, muitas vezes incluindo a prescrição de colírios que combinam latanoprosta e timolol.
Entretanto, foram relatados alguns efeitos adversos, como zumbido, dor de cabeça, cansaço, tontura, depressão, insônia, pesadelos e perda de memória. Como alternativa, diversos estudos indicam que compostos naturais, como os canabinóides, que possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, podem representar uma opção valiosa para o tratamento.
Cannabis pode tratar o glaucoma?
No estudo intitulado "O uso terapêutico da maconha em pacientes com glaucoma", publicado no Brazilian Journal of Health Review, observou-se que a administração de canabidiol resultou em uma significativa redução da pressão intraocular (PIO). Além disso, verificou-se que o canabinoide tem um efeito direto sobre o corpo ciliar, reduzindo a pressão capilar e modificando o volume do humor aquoso.
O tetra-hidrocanabinol (THC) tem demonstrado maior eficácia no mecanismo de redução da PIO, enquanto o canabidiol (CBD) apresenta baixa biodisponibilidade por via oral, demandando doses elevadas para alcançar efeito terapêutico. O THC está disponível em diferentes formas de administração, incluindo tópica, colírio, oral, intravenosa e inalatória, com resultados satisfatórios observados especialmente na administração tópica.
Por outro lado, o canabidiol (CBD) desempenha um papel crucial como neuroprotetor, inibindo a apoptose (morte celular programada) das células ganglionares e reduzindo os níveis de radicais livres. Além disso, ele protege o nervo óptico contra danos, o que ajuda a prevenir ou retardar a perda de visão.
Reafirmando as propriedades do CBD, o Dr. Flávio Geraldes Alves também afirma que o CBD atua de várias maneiras para diminuir a pressão intraocular (PIO):
"Uma das maneiras pelas quais o CBD atua é bloqueando a produção de humor aquoso, um líquido que preenche o olho. O humor aquoso é produzido pelo corpo para manter o olho hidratado, mas também pode aumentar a PIO se for produzido em excesso. Além disso, o CBD também ajuda a reduzir a produção de prostaglandinas, que são substâncias que podem causar inflamação e aumentar a PIO".
Diante disso, é essencial explorar todas as opções de tratamento disponíveis para gerenciar eficazmente essa doença. Vários estudos recentes sugerem que a cannabis pode oferecer benefícios significativos no controle da pressão intraocular e na proteção do nervo óptico, proporcionando uma abordagem promissora no tratamento e qualidade de vida do paciente.
Como agendar minha consulta?
Se você sofre com o glaucoma ou conhece alguém que lida com essa condição, não hesite em entrar em contato conosco na Pixua. Nossos especialistas estão disponíveis para oferecer orientação personalizada e ajudá-lo a agendar uma consulta para explorar suas opções de tratamento.