No dia 29 de fevereiro, a Organização Europeia de Doenças Raras estabeleceu o Dia Mundial das Doenças Raras, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre essas condições pouco comuns e promover a solidariedade e a colaboração entre pacientes, famílias, profissionais de saúde e pesquisadores.
Em diversos casos, aqueles diagnosticados com uma doença rara confrontam-se com uma condição sem cura aparente. No entanto, um estudo recentemente publicado intitulado "Therapeutic activity of cannabidiol in the treatment of Dravet syndrome", destacou que muitas delas têm demonstrado responder positivamente ao tratamento com a Cannabis Medicinal, como é o caso da síndrome de Dravet, doença de Crohn, doença de Huntington, esclerose múltipla, entre outras.A síndrome de Dravet (SD) é uma condição neurológica rara que se manifesta com múltiplos tipos de crises convulsivas prolongadas, além de dificuldades de aprendizagem, linguagem e de coordenação motora, distúrbios do sono e do ritmo circadiano. Muitas vezes, as crises associadas a essa síndrome não respondem às drogas antiepilépticas, se mostrando ineficazes.
No final de 2023 em São Paulo, a Lei 17.618 foi regulamentada, autorizando a distribuição de medicamentos à base de Cannabis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da síndrome, assim como para outras duas condições: Lennox-Gastaut e Esclerose Tuberosa.
O CBD, canabidiol, é uma substância não psicoativa que demonstra afinidades pelos receptores CB1 e CB2. Seus mecanismos de ação incluem propriedades anticonvulsivantes, efeito anti-inflamatório no sistema nervoso, antagonismo dos receptores canabinóides, modulação dos canais neuronais e aumento da ação da anandamida. Estes mecanismos combinados fazem com que seja uma opção eficaz no tratamento de distúrbios do controle muscular, tiques, dor neuropática e eficaz no tratamento de crises epiléticas avançadas.
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Assim, o CBD tem apresentado resultados satisfatórios, com uma redução de até 50% na frequência das convulsões durante o tratamento. Consequentemente, o Comitê de Medicamentos do Ministério da Saúde continua avaliando a viabilidade de incluir novas condições na lista de doenças tratáveis com essa medicação.
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